Satisfeito pelo mais do que natural apuramento, mas muito desiludido com a prestação no encontro que rendeu a qualificação para o Mundial da Alemanha. Luiz Felipe Scolari não poupou nas palavras.

“Não adianta ‘tapar o sol com a peneira’, fiquei bravo com os meus jogadores. Não souberam gerir o resultado após o 2-1, queria que eles trabalhassem a bola”, afirmou o técnico, em tom de lamento. Mas a insatisfação de Scolari até precedeu a conquista da vantagem. Começou logo no tento de Fischer: “Sofrer um golo daquela maneira é um absurdo, deve ser a primeira vez”, referiu.

Realismo

Relativamente ao Mundial, o técnico não embarca em euforias. Vai mesmo mais longe, repetindo o que já afirmou anteriormente. “Devemos estar entre os oito primeiros e, a partir daí, a minha cobrança será outra”, traçou, sem referências ao pedido de trazer o troféu para Portugal. Aliás, Scolari sabe o que o espera.

“Tenho bons jogadores, mas lá vão estar grandes selecções. Vamos ter, no mínimo, 21 dias para trabalhar e corrigir muita coisa”, salientou. Sem reclamar para si a luz da ribalta, o seleccionador fez questão de lembrar Gilberto Madaíl.

“Acima de todos os outros, o nosso presidente está de parabéns. Se Portugal conseguiu tantas qualificações seguidas, a ele o deve”, vincou.

Lembrança

Scolari iniciou a conferência de imprensa com três menções: “Uma mensagem de carinho para o vosso colega de ‘O Jogo’, Luís Santos; ao Artur Jorge, que perdeu a hipótese de estar no Mundial; e os meus sinceros parabéns à selecção de Angola.”